sábado, 15 de março de 2008

Sobre o tempo e as jabuticabas

De autor desconhecido, enviado por Melinda, por e-mail. Texto fofo, bem legal.

Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ela chupou displicente, mas, percebendo que faltavam poucas,
Começou a roer os caroços. Já não tenho tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em reuniões
Onde desfilam egos inflados.
Inquieto-me com invejosos.
Até por que,
Hoje.
Consigo perceber que eles vivem
Tentando destruir àqueles que admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte. Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturas.
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se julga melhor do que ninguém, mas gente que sabe o meu e o valor que tem. Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo. O essencial faz a vida valer a pena.
Deixe-me saborear das jabuticabas bem devagar,
Hoje, percebo que estamos tão preocupados com quantidades, valores que se alguém me perguntasse:
- Eram doces as jabuticabas? Responderia. – Só comi, não senti nada.
Vamos viver experimentando o sabor de cada segundo.
Para que quando nos perguntarem:
- Que sabor tem a sua vida?
Possas saber responder.
E não dizer espere aí...
Não me preparei para esta pergunta. E me perguntarão:
- Mas, você já viveu tanto...
E eu direi, precisarei viver mais uns segundos...

Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos. Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa..."

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